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LOREENA MCKENNITTI:THE MUMMERS DANCE

Wolfsheim - A Million Lovesong

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Coisas da vida.



O dicionário deveria chamar-se:

Livro de nomes de coisas.

Tudo é coisa, coisa daqui, coisa de lá.

A coisa sempre substitui uma coisa esquecida,

e uma coisa pode representar duas ou mais coisas.

Ao final, todas as coisas se encontram

nas entrelinhas da vida.

Tudo se relaciona, contudo em alguns casos,

em estranha harmonia. 

Até o Amor é uma coisa.

Posso relacionar um graveto

com uma mola sem serventia.

Coisas que se encontram,

nem que seja em uma simples poesia.

Esqueci de alguma coisa?





Altamente subjetiva, abitolada em poesia, pertificada em sinestesia, simbololista antes do nada!ar, fogo, água, éter e terra! 

Para muitos uma chata desenfreada, para outros um não diz nada com nada e para poucos loucos um desafio, cansei-me de rima com sufixo "ada"! 

ultra romântica ao quadrado, slpeen desgoverdado, egocêntrismo apaixonado, olhar contemplativo sufocado, submissão um barco naufragado ancorado no espaço! 

Chega também do "ado", não gosto mesmo de rimas perfeitamente emparelhadas, parnasianismo é a minha favorita piada, metrificado em vasos chineses, arte da beleza externa, tão vazia como o interior do vaso que pintam em palavras mal formatadas de um furto clássico, o qual percorreu por vias nunca dantes navegadas! 

Sou também tal como um sapo modernista que gosta de boa farra, pentelha, saltintante a todos instantes gente nobre de fino trato, porém uso prosa fora de contexto, palavras formatadas anti sinestesia, papo de feirante e pescador, contudo nem estes entendem, porque o sapo não foi fazer farra no brejo! 

Quando não penso em nada geralmente estou escrevendo trova em línguagem não arcaica, não há quem não se encante, só não dito uma agora, porque estou pensando! 

Inutilia truncat, demais é exagero, clero, clero, credo, exagero! Pérola imperfeita, muito brilho para poucos expectadores, Bach !!! Demais é exagero, delimito-me, ouro demais não há colírio que vença, nem mesmo se for alucinogeno! 

Falando em colírio, uso lupa de vez em quando, miscoscrópio as vezes, pois quero ver a realidade do real e não a capa que o encobre. Tenho a ciência por vezes como guia, afinal, é preciso fudamentar a palavra, jogar a culpa em quem a descobriu primeiro que eu, justificar intertextualidade! É natural, sou também naturalista antes mesmo que realista! 

Me chamam por vezes "arte da palavra", estou em tudo, contradizendo e maldizendo a mim , estou até mesmo em lugares sem ser convidada, por não condizer ao esperado, como aqui, por exemplo! Entretanto, muitas vezes não notada, permaneço em festas mesmo calada, como um sorriso enigmático moldurado de braços cruzados! 

Quem sou? 
Drummond explica! 

Por: Angela Fyalho