
LOREENA MCKENNITTI:THE MUMMERS DANCE
Wolfsheim - A Million Lovesong
domingo, 27 de julho de 2008

sábado, 26 de julho de 2008

Naquela noite no céu não se via estrela
Alguma, apenas uma na terra,
O nome era Claribel, minha esposa, que brilhava em absoluto.
Quase havíamos nos separado no último verão no calor de uma discussão, embriagados,
Em verdade, não tinha o que fazer e resolvi brincar com o tema, assim vou treinando para o próximo concurso, pois estou ciente de que é preciso! ( risos) Quanto a formatação, saiu um pouco diferente do original, pois ainda estou aprendendo a lidar com este espaço, no entanto resolvi a muito custo, postar deste jeito mesmo!
quarta-feira, 23 de julho de 2008


vêneno vermelho.
sinto teu cheiro
em teu sono escuro,
cujo medo some,
some dormente.
Acorda!
apaga a vela,
vida eterna
jóia rara,
éter na passarela
não há paz nem guerra
somente sorissos cênicos
na mesa de um bar.
Escrevi esta "poesia" há um ano, em uma oficina de criação poética. A proposta era escrever uma poesia usando somente vogais escuras ( fechadas), ou claras ( abertas), bom eu tentei, foi bem difícil, mas prazeroso!
http://s10.br.bitefight.org/c.php?uid=93438domingo, 20 de julho de 2008
" O amor é invísivel, ninguém vê, mas todo mundo sente".

Em breve estarei postando aqui meus pedaços, partidos, repletos de intenção! aguardem!
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Música.

Algo de miraculoso arde nela,
fronteiras ela molda aos nossos olhos.
É a única que continua a me falar
depois que todo o resto tem medo de estar perto.
Depois que o último amigo tiver desviado o seu olhar
ela ainda estará comigo no meu túmulo,
como se fosse o canto do primeiro trovão,
ou como se todas as flores explodissem em versos.
Anna Akhmatova.
Poesia, uma síntese de prosa!
Algo de miraculoso arde em meu ser quando leio os versos acima. A primeira vez que li esta poesia, fiquei encantada, principalmente com o último verso, eu o quis para mim de imediato. Engraçado que depois de tantas vezes a ter lido, uma música penetrou surdamente na minha mente ( rosa de hiroshima ), mais tarde, até mesmo para buscar sentido no que havia lido, fiz uma pesquisa sobre a poeta:
"Anna Akhmatova (Анна Ахматова, Анна Андреевна Горенко, 23 de Junho de 1889 - 5 Março 1966) é o pseudónimo de Anna Andreevna Gorenko, uma das mais importantes poetas acmeístas russas.)
Começou a escrever poesia aos onze anos de idade, mas o pai, um engenheiro naval, temia que Anna viesse a desonrar o nome da família, convencido de estar a adivinhar hábitos decadentes associados à vida artística. Assim, assinou os seus primeiros trabalhos com o primeiro nome da sua bisavó, Tatar.
Apesar do seu pai ter abandonado a família, quando Anna contava apenas dezasseis anos, conseguiu prosseguir os seus estudos. Portanto, não só estudou no liceu feminino de Tsarskoe Selo e no célebre Instituto Smolnyi de São Petersburgo, como também no Liceu Fundukleevskaia de Kiev e numa faculdade de Direito, em 1907.
A obra de Akhmatova compõem-se tanto de pequenos poemas líricos como de grandes poemas, como o Requiem, um grande poema acerca do terror estalinista. Os temas recorrentes são o passar do tempo, as recordações, o destino da mulher criadora e as dificuldades em viver em escrever à sombra do estalinismo"... fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Anna_Akhmatova.
Bom, acho que não preciso descrever o meu espanto, pois, assim com " rosa de hiroshima", " música" , também , e por que não, poderia estar relacionada com o contexto de guerra, após esta descoberta, um turbilhão de imagens começaram a brigar por espaço em minha mente, e a poesia que parecia dizer pouco, acabou me rendendo muito. Quem é que nunca imaginou um romance ao ler " quadrilha " de Carlos Drummond, ou, que não tenha sido arrebatado aos confins do silêncio imposto, sentindo-se "inseto" sem "metamorfose" ao ler "áporo" e é por essas e outras que torno a repetir: " poesia, síntese de prosa" , pois nos diz muito em tão poucas linhas.